sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Por que jornalistas virtuais escrevem tão mal?

Deixando o cinema e a literatura um pouco de lado...

Uma das minhas manias é chegar no trabalho e abrir o site da Globo para ver as bizarrices que são escritas. (que minha chefe não leia isso)

Posso dizer que a maioria das matérias de "capa" que leio tem algum erro ortográfico ou gramatical.

Por que isso acontece?

Me deparei com um bonito comercial da globo na tv, que dizia algo sobre informação, dinamicidade.

Ora, estão dinamizando a informação e acabando com a boa escrita!

Relato aqui um trecho na íntegra de uma matéria sobre a pichadora paulista que fez arte na bienal em São Paulo:

"O juiz tem que aplicar a lei, mas sempre perseguindo a Justiça. Para que ela possa ter outro destino que não a cadeia, que é destino para bandido perigoso e para gente que efetivamente já foi condenada", disse Sergei Cobra Arbex, da Ordem dos Advogados do Brasil.

Ai ai...

Estou longe de ser Azeredo ou Bechara, mas até que ponto essa dinamicidade da informação tem o direito de ignorar a nossa gramática?

Considerando a quantidade razoável (para não dizer enorme) de gente que lê esses veículos por não terem tempo de abrir um jornalzinho, o revisor poderia ser acionado mais vezes.

A internet já é uma realidade há tempos na vida dos brasileiros. Formas usadas somente para textos rápidos (vc, pq e cia.) estão ganhando força em textos que não seria adequado esse uso.

Então, Gente, vamos escrever direitinho e preservar nosso patrimônio lingüístico!

E tenho dito.

Abraços para que fica.

Até a próxima semana, feliz natal e bom ano novo!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Chico Buarque de Hollanda


Bom, (bom não, excelente)
Hoje me deu vontade de falar do Chico (me permitam a intimidade).

Estive procurando, e parece que o filme Budapeste, adaptação de seu romance, está para ser lançado em janeiro de 2009.
Estou em êxtase.
Li pela primeira vez o livro em 2006, e tive que tornar a ler com maior maturidade em 2007.
Ansiosidade em demasia.
Pelo que soube:

Diretor: Walter Carvalho, co-diretor de Cazuza - o tempo não pára, diretor de fotografia de Carandiru entre vários outros.
Roteirista: Rita Buzzar, roteirista de Olga, entre outros.
Elenco:
Leonardo de Medeiros (Cabra-cega, O cheiro do Ralo, prefeito corno de A favorita)
Giovanna Antonelli (várias novelas e alguns filmes)
Ivo Canelas (Português)
Andras Balint (Húngaro)
Antonie Kamerling (astro holandês que também faz sucesso na Alemanha)
Gabriella Hámori (Húngara)
*atualização posterior

Sobre o diretor, nada contra. Gostei de Cazuza, foi chocante.
Será sua primeira direção solo de um longa. Creio que não será ruim.

Rita Buzzar estudou em Cuba com Gabriel Garcia Márquez. Isso é o que mais me chama atenção em sua biografia. Apesar de não ter gostado muito de Olga, acho que conseguirá adaptar legal o romance.

Sobre o elenco, confesso que ainda não vi o tão falado Cabra-cega. Mas sempre ouvi falar muito bem sobre.
Consigo até ver alguma similaridade do prefeito corno com José Costa. A dramaticidade excessiva da novela acaba com o personagem, mas aposto que será uma boa atuação de Leonardo de Medeiros.
Sem comentários para Giovanna Antonelli.

Eu comecei querendo falar sobre o Chico, e acabei falando de filme.
Sobre o livro sou suspeito demais para falar.
Sou fã incondicional do Chico. Música, poesia, dramaturgia, todas as manifestações de seu lirismo.
Budapeste foi um dos que me influenciou a escrever e pensar em fazer um romance.
Então, para mim o livro é marcante.
Leiam.

Fico por aqui.
Assim que tiver alguma idéia do que escrever, voltarei.
Abraços para quem fica.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Wood Allen


Falando em cinema novamente...
Estou fazendo um intensivo de Wood Allen. Grande roteirista e diretor.
Há meses assisti no cinema "O Sonho de Cassandra", semana passada assisti ao Noivo neurótico, noiva vervosa (Annie Hall) -de 1977, e essa semana ao novo Vicky Cristina Barcelona, com Javier Bardem, Penélope Cruz e Scarlett Johansson.
Javier ótimo como sempre.
Penélope talvez em seu melhor papel . (disputando com Volver)
E a queridinha Scarlett fazendo jus ao apreço do diretor.

Foi um dos melhores filmes que assisti no cinema por essas semanas.

Allen explorou bastante a questão das relações amorosas e não se ateve aos simples conflitos de romance barato. Foi o pentágono amoroso mais bem feito na minha singela opinião.

Assistam... esse vale a pena.

Mudando de assunto,
Uma pena o Pedro Cardoso não ter ganho o Emmy ontem pelo personagem Agostinho (um dos mais engraçados de todos os tempos). Merecia.

Concorremos em 6 categorias e voltamos para casa de mãos vazias.
Nossos hermanos levaram um premiozinho.


Abraços pra quem fica.
Até a próxima semana.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Cinema Nacional

Ainda sobre as eleições,
Foi a primeira vez que nós cariocas vimos alguém ganhar a eleição por conta de um feriado. Que ironia, nós gostamos tanto de feriados.

Sem mais comentários sobre isso.

Agora, sobre o cinema nacional.

Nos últimos anos tivemos tantos filmes ótimos nacionais, graças às leis de incentivo e outros fatores, que confesso que esse foi o motivo que me impulsionou a escrever roteiros para o cinema.

Porém, semana passada fui dar minha contribuição para o cinema nacional assistindo a um filme na promoção dos dois reais mais caros da minha vida. Fui assistir a "Era uma vez...". Filme de Breno Silveira, estrelando Thiago Martins, Rocco Pitanga, Vitória Frate e outros.

Rapaz.
Pior filme brasileiro que eu já ví na vida.
Ganhou de "O ano em que meus pais sairam de férias".

E pasmem,
Conspiração filmes, Globo filmes e Sony pictures apresentam:
Era uma vez...

Poderiam ter gasto melhor esse dinheiro heim...

Tudo muito fraco. Roteiro, direção, atuação.
Thiago Martins e Rocco Pitanga não foram tão mal assim em suas atuações.
Mas a história é muito fraca.
Não vou fazer resenha crítica porque seriam páginas e mais páginas.

Apesar disso, acho que tudo que absorvemos de ruim e de bom acaba sendo produtivo, né?
(Aprendi que não vale a pena tocar Claudinho e Buchecha no baile funk do morro pra forçar uma cena romântica).

Bom.
Fico por aqui.
Espero voltar com algo mais interessante.
Abraços pra quem fica.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Para início de conversa...

Para início de conversa, acho que deveria me apresentar:
Prazer,
Sou Guto Pina, estudante da faculdade de Letras Port-lit, da digníssima UERJ. Sou escritor (amador ainda), faço poesia e, recentemente, prosa. Estou trabalhando em dois projetos próprios de roteiro para cinema, um longa e um curta (se quiserem saber sobre eles, me perguntem), e trabalho em uma famosa empresa de comunicação do Rio.
Devidamente apresentado, acho digno de um bom carioca (como podemos perceber pelo título do blog) que eu faça um pequena crítica a respeito das eleições para a prefeitura do Rio.
Sei que o assunto pode estar muito manjado, mas me intriga.
Pelo amor de Deus (independentemente das suas crenças religiosas), em quem votar?
Resposta difícil. Não tentarei explicar, mas ao menos a justificarei.
Eu odeio política. Sou daqueles que não acreditam em nada que se escuta (não vê, pq ninguém merece horário político) na televisão.
Evidentemente que um candidato explorar a péssima colocação do outro (que demonstrou preconceito com a zona norte) em um samba no subúrbio é jogada de marketing puro.
Por acaso, alguém que freqüenta o samba da grande Portela já o viu lá? Alguém já o viu em qualquer outro samba da zona oeste, norte, sul, leste? (esse samba ocorreu na casa da AVÓ do governador Cabral, em Cavalcante)
Esse é só um exemplo da marketearia que se forma nas eleições.
O que mais me entristece são as coligações e apoios.
Como proceder, se um é apoiado pelo prefeito e outro pelo governador?
Parece até piada daquelas que só o grande Fausto sabe contar.
Como eu queria votar em Machado de Assis!
Vejam pelo lado bom:
Não estamos mais na ditadura e agora somos obrigados a votar.
Eba!
OK.
Prometo escrever algo mais produtivo no próximo post.
Bom fim de semana para quem fica,
Guto Pina